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Black Mirror - Ano 6

quarta-feira, 10 de abril de 2024

Comecei a ver Black Mirror ainda em 2015, quando os episódios entraram na Netflix (duas temporada, cada uma com 3 episódios), principalmente pela curiosidade com o furor com que algumas poucas pessoas falavam a respeito. Mas ela não era nada conhecida ainda, quase ninguém falava dela. Eu lembro perfeitamente da sensação de quando vi o primeiro episódio, The National Anthem, uma agonia sem fim! Quando terminei de vê-lo, estava tão chocada com tudo aquilo, que fiquei em séria dúvida se deveria continuar. Isso não é bem inédito na minha vida, lembro de outra série que, tendo visto o primeiro episódio, achei que não conseguiria mais ver, e foi Dexter. A quantidade de sangue já na estreia me deixou muito afetada, então eu parei ali. Meses depois, resolvi dar uma segunda chance, e obviamente fui abduzida pela maravilhosidade com que a série foi se desenrolando, obcecada por todos os percalços por que passava um dos nossos anti-heróis favoritos, Dexter Morgan. Virou uma das favoritas da vida.

Outra em que isso aconteceu, e ganhou o posto de série preferida por um longo tempo foi Sons of Anarchy. O primeiro episódio era de uma violência brutal (para a época ou para mim) e eu não quis dar continuidade. Mas ela ficou tão na minha cabeça que, dias depois, retomei. E me apaixonei completamente. E virou uma das séries pela qual tenho um carinho enorme e também figura dentre as minhas Top 10. Então todas são séries que vão te despertar sentimentos muito contraditórios, exatamente como quando a gente sabe que não devia gostar de ver true crimes da vida, mas simplesmente não consegue parar, até que se vê inteiramente entregue e nada mais do absurdo da coisa te espanta. O ideal seria parar já no início. Depois, te garanto que já era. 

Mas então eu fui lá, e um belo dia dei play no segundo episódio, Fifteen Million Merits, e não dava mais pra voltar atrás. Só fui adiante, e depois de milhões de explosões na minha cabeça, com esses 6 episódios, eu estava arrebatada. QUE SÉRIE! A questão é que essas duas primeiras temporadas foram produzidas para o Channel 4, do Reino Unido, em 2011. Só em 2015 a Netflix comprou e passou a produzir, e aí foi o começo do fim. Além da perda do charme, sarcasmo e insanidade britânicos, os roteiros já não contavam mais com algo que acho que é a essência de Black Mirror: a junção de tecnologia analisada sob a perspectiva filosófica, questões morais e a veia visionária. É um produto que te escandaliza e te faz refletir muito. Dá medo imaginar aquelas realidades. Até que algumas delas finalmente chegaram e nos vimos vivenciando aquelas histórias, obviamente forjadas dentro do que é possível para um produto de entretenimento prever. Era preciso olhar ainda mais adiante e prever quais serão as nossas batalhas futuras. 

Isso, hoje, não existe mais. E não foi uma perda completa, a terceira e quarta temporadas ainda seguem bastante da premissa, o que faz valer a experiência. Eu gosto delas, apesar de já sentir alguma diferença, já havia uma perda de rota. Penso muito que BM, como foi concebida, não atrairia tanto público, visto que muito poucas pessoas teriam estômago pra acompanhar os desafios aterradores impostos aos protagonistas, então a Netflix precisava dar uma higienizada para conquistar uma audiência maior. E foi o que ela fez. Só que chegou num ponto, a partir da quinta temporada, que perdeu completamente o sentido. Você vê que claramente a produção não estava mais preocupada em manter qualquer qualidade, já que foram produzidos apenas 3 episódios, com histórias pífias. Até assistíveis, mas sem primor algum, marca da série. Depois inventaram o filme em que, a cada escolha que você fazia, a história se encaminhava para uma direção diferente. Quando terminei de ver, achei abominável! Não precisava, sabe? 

E então, chegamos na sexta temporada. Eu não estava esperando nada mais porque já chega de decepções. Mas sou uma pessoa que, apesar de relutar bastante, se contagia com as expectativas dos outros. Algumas pessoas se disseram empolgadas, e prometi a mim mesma que a série pode ter mudado e, ainda assim, ser algo legal de acompanhar, fui muito de mente aberta ver. O primeiro me deu uma leve agonia que me surpreendeu. Talvez pudesse rolar uma boa temporada! Mas não, gente. Eu me abri, mas não recebi nada de volta. Posso dizer que gostei mesmo apenas de Beyond The Sea, e Demon 79 eu adorei simplesmente porque o terror contido, a ambientação e o carisma da Anjana Vasan me ganharam, mas sei que, em termos de roteiro, não é nada NADA demais. 

Então Black Mirror, hoje, soa mais como uma sombra do que já foi. Ás vezes, penso que o que não faz mais ela funcionar tão bem é o fato de que estamos vivendo no universo de Black Mirror. Tudo que um dia nos chocou na série, hoje tá mais que acontecendo, está até sendo reinventado. Ou realizado de forma diferente, mas com o mesmo objetivo. Acho que nada é mais Black Mirror que nossa realidade atual e por isso, a série não seja mais o que foi, apesar de eu acreditar que dava sim pra imaginar o que vem depois, como ela fez um dia, e seguir nos chocando. Mas pelo visto, ao menos agora, não vai rolar. Vou seguir vendo? Vou! A esperança é realmente a última que abandona o barco, né? Mas não espero nada, e assim, talvez consiga ganhar algo, insistindo em ver.

OBS: desculpem o atraso, essa postagem tava meio pronta desde que saiu a temporada mas a vida me atropelou, e só hoje resolvi resgatar. 
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Nova obssessão: The Sandman

quarta-feira, 26 de abril de 2023

Dia desses eu quase finalizo a compra de The Sandman - Prelúdio Versão Definiva(Panini), pelo precinho de 164,62(um livro UM LIVRO!) reais porque simplesmente não consigo parar de pensar no Tom Sturridge como Morpheus e o Universo todo que vi na série da Netflix. Mas antes que minha doença(real) me fizesse cometer mais um ato impensado que me traria consequência$ desastrosas, resisti. Unicamente porque eu tô num momento em que não posso comprar nem um alfinete, eu juro! Mas meldels, como eu preciso desses encdernados, seja quais forem, e adentrar por esse mundo de Sonhos & Pesadelos! Não sei o que fazer.
Acho que minha única saída é rever e rever a série em looping. E isso, definitivamente, não é uma má ideia.
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Andei vendo séries #1

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

A vida anda muito inconstante. Saí das profundezas de uma depressão, que me assolou desde maio, e só agora em agosto tenho conseguido subir a margem pra respirar. Antes, todos os dias eram muito ruins, hoje tem mais dias bons. E isso já muda tudo. Antes não conseguia fazer quase nada das coisas que gosto, qualquer tema retratado em filmes/séries me deixava profundamente mal. Mas agora tudo melhorou e vi umas séries que gostei muito e vim indica-las! Segue:

Cruel Summer é uma série de drama psicológico, envolvendo duas garotas, Kate e Jeanette, de uma cidade fictícia do Texas. O desaparecimento de uma faz a outra florecer e meio que tomar seu lugar na escola. A história se passa ao longo de 1993, 1994 e 1995, e a trilha sonora nos transporta diretamente praqueles anos sem muito esforço! As atuacões das atrizes que retratam as duas adolescentes é primorosa, e todo o elenco de apoio também é muito afinado! Enfim, gente, uma das melhores do ano, na minha humilde opinião. Se forem pegar apenas uma dessas indicações, eu diria pra pegar essa. Tem no Amazon Prime Video.

It's A Sin é uma série de drama que mostra o início da epidemia de AIDS no Reino Unido. Aqui acompanhamos diversas histórias de homossexuais que tiveram a vida afetada, de algum modo, pelo vírus. Em muitos momentos, principalmente na desinformação do início, fiz um paralelo com o que estamos vivendo com a covid-19. Mas acredito que antes de tudo, It's A Sin é uma homenagem aos que se foram e aqueles que lutaram bravamente pela humanização dos pacientes, algo que naquele tempo já se mostrava uma tarefa difícil, quase impossível. Me apeguei a todos os personagens como se fossem alguém do meu convívio. A série é linda na mesma medida em que é triste. Essa vou ter que te alertar que deve ser vista apenas se você não estiver tão mal com a nossa realidade de brasileiro em 2021, mas não deixe de conferir, em algum momento, porque acredito ser uma série que nos engrandece. Tem na HBO Max.

The White Lotus é uma série que eu não sei nem por onde começar a falar. Superficialmente você pode achar que é uma série que mostra um monte de gente DOIDAS, mas que, na verdade, se aprofunda nas nuances de relacionamentos entre classes sociais. Amigos, nada NADA te prepara pro que você vai vivenciar aqui. Eu nem quero falar muito, justamente pra não atrapalhar a experiência porque acho que quanto menos você souber, melhor vai ser. Só te joga nessa experiência e aprecie o caminho. Tem na HBO Max

Se for assistir alguma, volta aqui e me conta o que achou, hein?







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Cansaço

sexta-feira, 23 de julho de 2021

Essa semana terminei a quarta temporada de The Handmaid´s Tale. Eu sempre achei a série importante por tocar em temas muito importantes pro feminismo, e via uma parte das pessoas que veem comentarem que a série faz um desserviço por causa, principalmente, do uso de estupro como narrativa. Mas, apesar de sentir o incômodo, também, eu queria continuar acompanhando a jornada da June. Só que, agora, não quero mais. Geralmente eu sou a atrasada do rolê, e demoro a sentir as coisas, como o resto do mundo, mas essa quarta temporada pesou, aqui. Senti vários incômodos, vontade de simplesmente desligar a tv e deixar pra lá.

É óbvio que existe algum componente novo nessa equação, mas não vou saber dizer se é o Brasil em 2021 ou meu estado de espírito, que não anda dos melhores. Tenho passado por altos e baixos, desde o ano passado, e me encontro nos baixos, nesse momento. Talvez os dois? Mas não quero mais ver, não quero mais saber o que vai rolar. Sinto que vou morrer, se ver qualquer cena que se passe em Gilead, sempre uma realidade tão dura e desesperadora. Tô sem forças. 

Por causa disso, decidi que vou procurar ver coisas mais leves. E por coisas mais leves, não entenda que sejam coisa banais. É só que acho que tô um pouco de saco cheio da crítica social foda, sabe. Eu já tenho minhas definições de como quero que o mundo seja, talvez essas coisas sejam pra quem tá começando ou analisando de uma forma mais distanciada. Não ando conseguindo tomar distância de nada. Parece que tudo é real e terrível. Que não tem mais espaço pra diversão. Talvez a culpa seja minha, pois o meu gosto sempre foi pautado por consumir coisas melancólicas, sofridas, desgraçantes. E tô cansada disso. Agora vou tentar optar por coisas mais leves, tipo Eu nunca..., Atypical e Moxie: Quando As Garotas Vão à Luta, que foram responsáveis por uma Cláudia muito melhor, nos últimos tempos. Se você tiver alguma dica pra me dar, deixa nos comentários, please!?
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