Essa semana terminei a quarta temporada de The Handmaid´s Tale. Eu sempre achei a série importante por tocar em temas muito importantes pro feminismo, e via uma parte das pessoas que veem comentarem que a série faz um desserviço por causa, principalmente, do uso de estupro como narrativa. Mas, apesar de sentir o incômodo, também, eu queria continuar acompanhando a jornada da June. Só que, agora, não quero mais. Geralmente eu sou a atrasada do rolê, e demoro a sentir as coisas, como o resto do mundo, mas essa quarta temporada pesou, aqui. Senti vários incômodos, vontade de simplesmente desligar a tv e deixar pra lá.
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É óbvio que existe algum componente novo nessa equação, mas não vou saber dizer se é o Brasil em 2021 ou meu estado de espírito, que não anda dos melhores. Tenho passado por altos e baixos, desde o ano passado, e me encontro nos baixos, nesse momento. Talvez os dois? Mas não quero mais ver, não quero mais saber o que vai rolar. Sinto que vou morrer, se ver qualquer cena que se passe em Gilead, sempre uma realidade tão dura e desesperadora. Tô sem forças.
Por causa disso, decidi que vou procurar ver coisas mais leves. E por coisas mais leves, não entenda que sejam coisa banais. É só que acho que tô um pouco de saco cheio da crítica social foda, sabe. Eu já tenho minhas definições de como quero que o mundo seja, talvez essas coisas sejam pra quem tá começando ou analisando de uma forma mais distanciada. Não ando conseguindo tomar distância de nada. Parece que tudo é real e terrível. Que não tem mais espaço pra diversão. Talvez a culpa seja minha, pois o meu gosto sempre foi pautado por consumir coisas melancólicas, sofridas, desgraçantes. E tô cansada disso. Agora vou tentar optar por coisas mais leves, tipo Eu nunca..., Atypical e Moxie: Quando As Garotas Vão à Luta, que foram responsáveis por uma Cláudia muito melhor, nos últimos tempos. Se você tiver alguma dica pra me dar, deixa nos comentários, please!?