After Hours - Martin Scorsese

sexta-feira, 5 de maio de 2023

Eu dei play nesse filme esperando algo singelo, no estilo carta de amor a NY, mas não foi nada disso o que aconteceu. E eu tô bastante chocada! Juro! Acredito que, por conta da meu transtorno de ansiedade, o filme bateu ainda mais pra mim. Porque a cada nova situação que parece comum mas que na verdade se mostra uma ocorrência bizarra na vida do Paul, eu ficava completamente apavorada! Tem uma cena, já pro final do filme, que pensei que realmente o Scorsese havia, um dia, se metido com terror. O filme não é classificado como terror mas eu vou sempre considerar ele terror. Porque assim como em All My Friends Hate Me(2021)(que indico demais, também, mas esse se declara terror), a forma como as coisas acontecem seria o que de pior poderia acontecer comigo, sendo essa pessoa que tem TAG e odeia brincadeiras de mal gosto, mesmo quando elas vem trazidas pelo Universo.
O Griffin Dunne era muito meu crush quando eu era criança e não tinha nome pra essa fascinação que a gente sentia por um famoso. A gente só dizia que "ele é meu" e ponto. Todas as nossas amiguinhas estavam cientes de que éramos apaixonadas por tal celebridade. Em Who's That Girl(1987), o personagem dele usava óculos de grau, o que deixa qualquer homem uns 200% mais gostoso. Ele era lindo demais!
❝ Eu só quero viver. ❞
Assisti esse filme de madrugada, no escuro, enquanto M. dormia, o que acho que foi acertadamente uma forma de absorver ainda mais o que vi. Fiquei imaginando que tudo aquilo devia mesmo estar acontecendo a Paul Hacket, naquele exato momento em NY, enquanto eu assistia, como um reality show que todo mundo ia dizer que era exagerado nas situações e, consequentemente, achar ruim. Mas como nada faz muito sentido quando se trata dos pavores criados por meu cérebro descompensado e dos meus gostos, eu acreditaria em tudo e seguiria achando muito bom. After Hours
Dirigido por Martin Scorsese
EUA, 1985
Disponível em Looke e NetMovies.
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It'll Pass

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Ola
Hoje foi um dia bem merda. Maratonei as duas temporadas de Fleabag. Pela milionésima vez. E essa ainda dói como se fosse a primeira vez.
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Sweetie - Jane Campion

terça-feira, 2 de maio de 2023

Esse fim de semana vi este filme e me pegou demais! Conviver de perto com uma pessoa que não tem limites, que só pensa em si e bagunça tudo ao redor...eu sei bem como é. Mas não é apenas isso, o filme mesmo, é belíssimo! A fotografia, os personagens, as relações familiares...eu gostei tanto de tudo!
❝ As ilusões não desaparecem. Elas se tornam mais sutis. ❞
Vi alguém reclamar que o título é uma mentira, mas me pergunto se, depois de vê-lo, essa pessoa absorveu alguma coisa. O título é perfeito porque Sweetie é a força motriz de toda ação no filme, tudo acontece por causa dela. Sweetie não precisa ser a protagonista pra deixar bem claro que a vida de todos é transformada, para o bem e para o mal, por sua existência. O que torna ainda mais genial a escolha desse nome.
Ao final, a diretora dedica o filme a sua própria irmã. Fiquei curiosa pra saber se existe alguma verdade na forma como as irmãs se relacionam, no filme, com a conexão da Jane com a Anna(irmã). Tenho essa mania de querer saber de onde os artistas tiram inspiração para suas obras, e não consigo crer que não tenha alguma ligação com sua realidade, mesmo que eles consigam subvertê-la tanto a ponto de não parecer nada com o que vivenciaram. Inclusive, meu sinônimo favorito para a palavra arte é justamente subversão. Arte subversiva me fascina.
Sweetie
Dirigido por Jane Campion
Austrália, 1989
Disponível em Mubi.
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